Uni duni Ler Todas as Letras é um projeto de incentivo à leitura voltado, principalmente, para bebês, idosos, pessoas com necessidades especiais, hospitalizadas ou em situação de vulnerabilidade social. Realiza, desde 2013, leituras públicas, rodas de histórias e cantigas, leituras sensoriais, formação de mediadores de leitura sempre com a participação de escritores, ilustradores, mediadores de leitura, contadores de história. e músicos, que numa caravana poética, itineram por creches, asilos, hospitais e abrigos, livros, afetos, muitos versos e muita prosa!


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Asas da Liberdade agora é permanente!

Árvore voadora CASE

O projeto de Leituras afetivas e partilhadas com pessoas em privação de liberdade, tronou-se em 2019 mais um braço permanente do Uniduniler todas as letras e agora junto com o Terapia da Palavra de leitura e música em hospitais vai realizar ações mensais, A escritora Alessandra Roscoe, firmou parceria com a Escola do CASE – Centro de Atendimento Sócio Educativo de Santa Maria no Rio Grande do Sul e já em Maio deu início às atividades de com uma turma de menores internos que recebeu durante a Feira do Livro de Santa Maria, a visita da escritora. Os garotos participaram de uma oficina de pipas poéticas e a partir deste primeiro encontro irão realizar trocas de cartas e leituras uma vez por mês com encontros virtuais em sala de aula.

Terapia da palavra também acontece uma vez por mês no Hospital Regional da Ceilândia, desde agosto de 2018.

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Tarde de risos e histórias na Obra Social Santa Isabel – Brazlândia

A história de uma pêra gigante fez um sucesso danado pela voz suave e doce da Penélope Martins. Além de risos, ela arrancou memórias.

Destampando a caixinha de guardar o tempo, Alessandra Roscoe foi puxando, pelo fio da lembrança várias recordações que, aos poucos, foram costuradas na colcha de retalhos dos afetos. Um passado tão distante e tão pertinho.

Aqui, bem perto, como a história do irmão grande e peludo do Alexandre Rampazo. Mas essa é outra história e eu não vou contar agora…

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos promovido pela Associação das Irmãs Franciscana tem 240 idosos cadastrados. Cerca de 90 a 120 frequentam a casa diariamente, onde passam o dia com as três refeições, exercícios físicos, oficinas de trabalhos manuais, jogos de mesa, dominós e passeios entre outras atividades. A turma é animada!


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Música, literatura e balé no Hospital Regional da Ceilândia

As crianças parecem não acreditar muito quando veem. Sim! É uma bailarina. No meio do hospital! De sapatilha de ponta, vestido cor de flor. Ela entra na sala com a sutileza de uma borboleta e baila lindamente, como se estivesse em um palco especial para um público muito seleto.

“Essa menina tão pequenina quer ser bailarina”, lê Alessandra Roscoe, enquanto Inesa Markava rodopia. A poesia de Cecília Meireles esquenta o coração. O movimento impecável do corpo alegra o olhar e as lindas canções de Raquel Gomes fazem a alma se elevar.

O pacote sensorial, recheado de emoções e afeto, suaviza um pouquinho a dor das crianças e suas famílias internadas na pediatria do Hospital Regional da Ceilândia. Os médicos se encantam e os funcionários param para ver. Parece que o tempo corre diferente quando as melodias invadem os corredores e alas. O ar fica mais leve, a agulha incomoda menos e a rotina menos desgastante. E a caravana do FIL vai embora com a sensação de dever cumprido e a promessa de voltar.


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Mulheres e crianças protegidas pelo Estado recebem a caravana do V FIL

Elas perderam tudo. A casa, a família, o trabalho, o nome. Para salvar a vida, tiveram que fugir de situações de violência e ameaça. São protegidas do Estado. Moram em um abrigo com seus filhos. Sem nada que as lembrem de quem realmente são.

Recomeçar do nada. Curar os traumas. Lavar a alma e erguer a cabeça. Recuperar a dignidade. Elas conseguem. São mulheres. São guerreiras. E da onde vem a força? De dentro. Lá do fundo. Lá de onde fluem as águas que inundam os olhos. Lá de onde brota o desejo de liberdade. Lá onde o coração fala. Lá onde a música toca, a poesia entra e a esperança brota.

É lá nesse cantinho que o FIL chega. Levando histórias, melodias e afeto. Trazendo a luz, o sonho, a magia. Fazendo a boca ferida lembrar da doçura de um sorriso. Fazendo o corpo marcado lembrar a leveza da dança. Fazendo os olhos inchados se abrirem para enxergar as possibilidades. É vida nova que vem.


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Pela janela da dona Josefa

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Pela janela da Dona Josefa dá pra ver uma das moradias do acampamento. Não dá pra ser uma arquitetura muito elaborada. A inconstância da vida lá no Tiradentes exige flexibilidade. Se derrubam tudo, tem que construir de novo. Nem as plantas têm terra. Moram em latas, para serem carregadas, se for preciso.

Pela janela da Dona Josefa dá para ver as montanhas. Quanta terra! Terra boa para plantar. Dona Josefa entende de terra, de planta, das que são para nutrir e das que são para curar. Conhece todas. Numa sabedoria riquíssima que não há diploma que reconheça. Doutora da vida.

Pela janela da Dona Josefa dá pra ver o céu. O céu que a faz lembrar de sua mãe, que, mesmo sem condições, priorizava a educação dos filhos. Ela sabe o quanto é importante ler, estudar, aprender, viajar nas histórias. Como ela viaja naquele céu azul. Nunca tinha visto um escritor de perto. Nunca! Agora viu. E revelou um sonho: ir ao teatro.

Pela janela, Dona Josefa vê a vida que passa, mas não passa em vão. Ela faz a diferença no mundo. Luta pelo que acredita e inspira. Inspirou a nós, equipe do V FIL. Gratidão, dona Josefa, por abrir as nossas janelas.


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Assentados do Acampamento Tiradentes recebem a caravana do V FIL

No chão de terra batida, as crianças se sentaram para ouvir histórias e músicas, para se surpreender com a leveza de uma bailarina transformada em borboleta cintilante, para rir muito com um rei leão que queria tirar umas férias da floresta, para cantar com um certo jacaré bilé, para se deliciar com doces melodias.

A simplicidade do lugar escolhido para o encontro, no acampamento Tiradentes (São Sebastião), contrastava com a riqueza das trocas, das experiências, dos textos, canções e vivências compartilhadas. Nos olhos dos pequenos, o vislumbre com a preciosidade da arte, tão rara, tão perto, tão linda!

No terreno dos corações foram plantadas muitas sementes de afeto. Tanto do lado de lá, quanto do lado de cá. A caravana do V FIL segue viagem abastecida de amor e gratidão. Sentindo que a missão de levar o encantamento da literatura nos cantinhos mais remotos, lá onde não chega nem água, nem luz, está sendo cumprida com muita alegria.


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Festival chega à Vila do Pequenino Jesus

Os olhos perdidos voltam a focar. O corpo inerte reage ao som. A expressão facial muda e, por vezes, um sorriso surge. Por vezes, uma lágrima vem. São os sinais visíveis de que lá dentro alguma coisa está acontecendo. Muitos dos acolhidos na Vila não falam, outros não se movem, mas algo acorda quando a música toca, quando a melodia entra, quando uma voz afetiva declama um verso.

O carinho, fantasiado de canto e poesia, cria uma ponte entre esse plano material e presente e o universo particular de cada um. Por alguns instantes, há um diálogo. Às vezes pelo olhar, pelo toque, por uma reação espontânea. O Kaleb tremia de rir. O Bruce não tirava os olhos da bailarina e sorria, apesar de toda a dor que sente constantemente.

Os pacientes com mais mobilidade e cognição também acham graça.  Se encantam com o balé. Batem palmas para as histórias. E nós, que achamos que vamos lá para doar, voltamos com o coração cheio de receber tanto amor.


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Tudo que cabe num livro: show literário traz arte e encantamento para a Escola Parque da 308 Sul

Cabe mesmo? Fábula, drama, terror, risada, cantiga, colagem, porquinhos, lobo, saci, gênio da lâmpada, boi da cara preta e da cara amarela? Cabe num livro? Cabe gente? Cabe! Cabe até livro que lê gente! Cabe sonho que sonha com a gente sonhando com ele. Cabe até rainha coroada depois de morta! Cabem muitas crianças contentes!

O show literário Tudo que cabe num livro foi um verdadeiro espetáculo de histórias, artes, ilustrações, músicas, cantigas daqui e de lá… Lá do outro lado do mar. A turma era de peso: Dad Squarisi, Gabriel Guirá, Chris Alhadeff, Alex Gomes, Adriana Nunes, Romont Willy, Roger Mello, Inesa Markava (Bielorrússia), Raquel Gomes (Portugal) e Alessandra Roscoe.

Juntos, eles mostraram que dentro de um livro cabe tudo! Nada é impossível. E nem o céu é limite pra história.


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Bebês experimentam a palavra no Museu da República

Lendo sons, lendo gestos, lendo as expressões faciais, o tom da voz. Lendo cores, aromas, texturas. Lendo com olhos, ouvidos, paladar. Esfrega na cabeça, põe na boca, cheira. Que gosto tem? Os bebês são ávidos leitores. Eles leem o mundo todo o tempo todo com todos os sentidos que têm. E tem gente que diz que bebê não lê. Acredita?

Hoje (2), no Museu da República, os bebês Experimentaram a Palavra nas Apresentações de Leitura Sensorial, Histórias e Cantigas para Bebês do V Festival Itinerante de Leitura. No colo, na voz e na melodia de Inesa Markava e Raquel Gomes, convidadas do Festival, eles provaram com todos os sentidos o sabor da afetividade.


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Inesa Markava e Raquel Gomes conduzem a Formação de Leitura e Arte para bebês

“O bebê capta tudo.” É partindo desse pressuposto que Raquel Gomes usa diversas técnicas para explorar todo o potencial cognitivo dos bebês. Em Portugal, nos encontros artísticos que ela promove com bebês de recém-nascidos a seis anos, a voz, a melodia, as expressões faciais, empregadas com muita habilidade e sensibilidade criam a ponte de comunicação com os pequenos que ainda não falam.

As músicas criteriosamente escolhidas podem ser acompanhadas por instrumentos suaves como a kalimba, presentes como o violão e instigadores como um ovo chocalho. No momento de interação, materiais naturais como folhas de árvores, paus de canelas, toquinhos animam os bebês.

“Os rituais são muito importantes porque eles percebem as sequências: a hora de usar e de guardar um instrumento, por exemplo. É ele quem tem que guardar. Não o adulto tirar dele. Aos poucos eles compreendem”, explica Raquel.

O momento da contemplação, exemplificado na aula aberta pelo balé de Inesa Markava acompanhada pela música clássica também têm sua vez, ou momentos de silêncio total. Seguido pela movimentação, momento em que todos dançam e brincam.

Todos os momentos são conduzidos sem serem anunciados. Com a canção do adeus elas se despedem dos pequenos.

Foi mostrando na prática que ambas as convidadas do V Festival Itinerante de Leitura fizeram a Formação Primeira Infância – Leitura e arte para bebês, na manhã desta quinta-feira (2), no auditório do Museu da República.