Elas perderam tudo. A casa, a família, o trabalho, o nome. Para salvar a vida, tiveram que fugir de situações de violência e ameaça. São protegidas do Estado. Moram em um abrigo com seus filhos. Sem nada que as lembrem de quem realmente são.
Recomeçar do nada. Curar os traumas. Lavar a alma e erguer a cabeça. Recuperar a dignidade. Elas conseguem. São mulheres. São guerreiras. E da onde vem a força? De dentro. Lá do fundo. Lá de onde fluem as águas que inundam os olhos. Lá de onde brota o desejo de liberdade. Lá onde o coração fala. Lá onde a música toca, a poesia entra e a esperança brota.
É lá nesse cantinho que o FIL chega. Levando histórias, melodias e afeto. Trazendo a luz, o sonho, a magia. Fazendo a boca ferida lembrar da doçura de um sorriso. Fazendo o corpo marcado lembrar a leveza da dança. Fazendo os olhos inchados se abrirem para enxergar as possibilidades. É vida nova que vem.
agosto 11, 2018 às 11:05 am
trabalho digno de nota. só quem já tem um pouco de conhecimento dessas realidades pode avaliar